A tão falada Reforma Tributária já começou a ser implementada no Brasil. O objetivo dela é simplificar o sistema de tributos, reduzir a burocracia e tornar a cobrança de impostos mais justa e transparente. Mas o que isso significa, na prática, para a sua empresa e para o seu bolso?
Neste artigo, explicamos de forma clara as principais mudanças e como você pode se preparar.
Por que a Reforma Tributária foi criada?
O Brasil sempre foi conhecido por ter um dos sistemas tributários mais complexos do mundo. Hoje, empresários e profissionais gastam muito tempo apenas para entender e cumprir as obrigações fiscais.
Com a reforma, a ideia é:
Simplificar regras e diminuir a burocracia;
Tornar a cobrança de impostos mais clara;
Evitar a chamada “cascata de impostos” (quando o mesmo imposto é cobrado várias vezes ao longo da cadeia de produção e venda);
Dar mais segurança para quem empreende.
Quais impostos vão acabar e quais surgem?
Atualmente, temos diversos impostos federais, estaduais e municipais, como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. Com a reforma, eles serão substituídos por tributos mais simples e unificados.
CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) → substituirá PIS e Cofins (federais).
IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) → substituirá ICMS (estadual) e ISS (municipal).
Imposto Seletivo → novo tributo, aplicado apenas sobre produtos que prejudicam a saúde ou o meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.
Essa unificação vai reduzir a quantidade de guias, declarações e cálculos que as empresas precisam fazer.
O que é o IVA Dual?
O Brasil adotou o modelo do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), já usado em diversos países. Aqui, ele será “dual”, ou seja, dividido em duas partes:
IBS → administrado por estados e municípios.
CBS → administrado pelo governo federal.
A grande diferença é que agora os impostos vão incidir apenas sobre o valor agregado em cada etapa da cadeia, evitando a tributação em cascata.
Como será a transição?
A mudança não será de um dia para o outro. Haverá um período de transição entre 2026 e 2033, no qual os sistemas antigo e novo vão conviver.
De 2026 a 2027: começará a cobrança teste da CBS e IBS, com alíquotas reduzidas.
A partir de 2029: a substituição será gradual, aumentando a participação do novo modelo.
Em 2033: o novo sistema estará funcionando de forma integral.
Esse tempo de transição serve para que empresas e órgãos públicos se adaptem com segurança.
O que muda para sua empresa na prática?
Emissão de notas fiscais → a escrituração vai mudar e será necessário ajustar sistemas de faturamento.
Créditos de impostos → ficará mais claro e justo, permitindo que a empresa recupere valores pagos em etapas anteriores da cadeia produtiva.
Formação de preços → poderá haver ajustes, já que a carga tributária ficará mais transparente.
Revisão do regime tributário → será essencial analisar se o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real ainda será o mais vantajoso no novo cenário.
Como sua empresa pode se preparar?
Mapear processos internos: avaliar como sua empresa emite notas fiscais e controla tributos.
Revisar contratos: mudanças podem afetar preços e condições comerciais.
Simular impactos: analisar como a nova tributação vai afetar o caixa e a lucratividade.
Contar com acompanhamento especializado: a reforma é complexa e cada empresa será impactada de forma diferente.
Conclusão
A Reforma Tributária representa um marco histórico para o Brasil. Ela traz mudanças profundas, mas também oportunidades de simplificação e crescimento para quem se preparar desde já.
Aqui no nosso escritório de contabilidade, estamos especializados em Reforma Tributária e acompanhando cada detalhe da legislação para orientar empresas de todos os portes durante essa transição.
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